Maravilhosa Graça – II

Continuando…

Fica claro aqui que Jesus é a própria graça, Ele não só tem Graça, Ele tem não só pregava a graça, Ele é a própria graça!

Ez 36.25-28 – A proposta de Deus é tirar o coração da Lei (de pedra), mas na Graça pelo Espírito. Sem pode ou Não pode! A vida com Deus é muito mais do que uma vida de regulamento a vida com Deus é uma vida de relacionamento!

O regulamento só é forte onde o relacionamento é fraco!

Deus não nos chamou para prisão mais para nos relacionarmos com ele, andar com ele, vivermos com ele!

2 Co 5.14 (o amor de Deus nos constrange)  – Eu entendo esse versículo dessa forma nós estamos na mão de Deus , ele nos comprou e não há nada que  (1Pe 1.18) façamos para que Ele desista de nos levantar ou abra mão de nós!

Forte: Jo 1.14-17 A lei foi dada, A graça e a verdade vieram!

    “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos* a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
João testificou dele, e clamou, dizendo: Este era aquele de quem eu dizia: O que vem após mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu.
E todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça por graça.**
Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo”.

*Forte: Jo 6.63 “O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos digo são espírito e vida”. Jesus não era como os fariseus as sua palavra tinha vida!

** Não é graça e Lei… Ou  seja Graça continua! Deus não é bipolar!

Interessante é que a verdade esta do lado da graça e não da lei!

Jr 31.13Então a virgem se alegrará na dança, como também os jovens e os velhos juntamente; e tornarei o seu pranto em alegria, e os consolarei, e lhes darei alegria em lugar de tristeza”.Essa é a atitude de Deus!

 

  • Impressionante é que Deus coloca no Santo dos Santos a arca que era visitada pelo Sumo Sacerdote uma vez por ano, onde habitava a presença de Deus. E ninguém podia nem tocar nem abrir a arca e o que tinha lá:

O maná – Fruto da rebeldia do povo

A vara de Arão que floresceu – rebeldia contra o ministério de Arão

E as tabuas da Lei – que levou a morte de tantos.

 

Porem na tampa da arca (o propiciatório), o sangue era aspergido e cobria tudo isso! Deus queria olhar para o ser humano através do sangue do cordeiro.

Jo 1.17 “a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo”.

Eu vejo pessoas dizendo : ah! Mas eu tenho que dizer a verdade!

Dizer ao pecador que ele é pecador não é verdade é apenas a constatação de um fato.

João 14.6 Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.

Fatos é diferente de Verdade! Imagine alguém amordaçado, E você olhando pra essa pessoa e dizendo: nossa que mordaça terrível, ela vai te escravizar, ela vai te destruir, ela vai te matar… Isso não muda em nada a vida daquela pessoa. As pessoas não precisam ouvir do estado em que elas estão elas precisam ouvir do que Deus fez por elas!

  Jesus veio pra cumpri toda a lei em nosso lugar, para que nós não precisássemos mais que viver nela.

Note isso aqui: Mt 5.17 Não penseis que vim revogar (καταλυω – kataluo, dissolver, desunir destruir, demolir , derrubar, i. e., tornar inútil, privar de sucesso, levar a nada, subverter, derrubar , aniquilar, abrogar, descartar), a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir (πληροω – pleroo. 1) tornar cheio, completar, i. e., preencher até o máximo, fazer abundar, fornecer ou suprir liberalmente, em abundância,  plenamente abastecido 2) tornar pleno, i. e., completar, preencher até o topo: assim que nada faltará para completar a medida, preencher até borda, consumar: um número , fazer completo em cada particular, tornar , levar até o fim, realizar, levar a cabo, efetuar, trazer a realização, realizar, executar, i. e., fazer a vontade de Deus (tal como conhecida na lei) ser obedecida como deve ser, e as promessas de Deus (dadas pelos profetas) receber o cumprimento.                                                                                                                                                                                                                                                                                            (Dicionário Strong’s)

A obra da Cruz foi substitutiva, ou seja ele morreu em nosso lugar! O que ilustra muito bem é por exemplo de Pedro e João que trabalham por escala, aí João precisa trocar o serviço, Pedro aceita e tira o serviço no lugar de João. Só que essa troca só estará completa quando João tirar o serviço de Pedro.

Essa foi a Obra da Cruz, Ele trocou conosco!

Jesus não era 100% Deus Essa teologia começou a ser pregada no 3º século pós-morte de Cristo, não há lugar nenhum na bíblia que comprove isso pelo contrario isso nega totalmente a obra que Cristo graciosamente realizou por nós!

Filipenses 2.5-11  Jesus era um homem cheio do Espirito Santo de Deus.

Prova disso é que podemos destacar pelo menos 3 atributos que só  de Deus pode ter Onipotência,  Onipresença, Onisciência. Na verdade um atributo puxa o outro!

Ele por exemplo, Lc 2.52 ele crescia em graça… (Deus não cresce), Graça, estatura e sabedoria.

Ele perguntava o que falavam dele,

Ele sentia fome, sede, sono…

Não era onipotente (Marcos 6.5-6), diz que em Nazaré ele não pode operar milagres por causa da incredulidade.

Não era Onisciente (Marcos 11.12-13) diz que foi ver se

Não era Onipresente Só estava em cada lugar por vez.

Cl 2.9 Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade;

  • A graça é o favor imerecido, ai não tem como fazer-se merecedor!

Entenda que Jesus cumpre todas lei porque ele era cheio do espirito por o espirito naturalmente nos leva a cumprir a lei de Deus!

A graça exalta a Jesus! Ele é o foco e o assunto principal, uma pessoa cheia da graça não vai diminuir, ridicularizar, nem execrar a ninguém em nome da graça afinal a primeira e maior característica de alguém cheio de graça é que essa pessoa estará cheia de amor!

O ser humano que o tempo todo se fazer merecedor mais aí é que esta, a Graça é o favor imerecido de Deus!  Campanha, corrente, jejum nada que você faça por seu esforço vai lhe tornar digno, nem merecedor diante do Pai.

Na verdade você não precisa fazer nada para se tornar digno Jesus já fez por você! Ef 2.8

O Problema é que muita gente acha que graça é aval pra pecar – Rm 6.1-2

Interessante: Que em Romanos 3, o apostolo vem abordando a depravação humana e a sua total decadência sem Deus e  detrimento do esforço humano em tentar por meio de seus esforços tornar-se agradável diante de Deus…

   “Mas agora se manifestou uma justiça que provém de Deus, independente da lei, da qual testemunham a Lei e os Profetas, justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que crêem. Não há distinção, pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus.
Deus o ofereceu como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça. Em sua tolerância, havia deixado impunes os pecados anteriormente cometidos;
mas, no presente, demonstrou a sua justiça, a fim de ser justo e justificador daquele que tem fé em Jesus”.          

Romanos 3:21-26

A palavra Justiça vem de: δικαιοσυνη- dikaiosune: Num sentido amplo: estado daquele que é como deve ser, justiça, condição aceitável para Deus, doutrina que trata do modo pelo qual o homem pode alcançar um estado aprovado por Deus, integridade; virtude; pureza de vida; justiça; pensamento, sentimento e ação corretos 2) num sentido restrito, justiça ou virtude que dá a cada um o que lhe é devido

Sendo que Justo é dikaio….

Logo você não tem mais motivo para se achar indigno, condenado, pecador diante de Deus, Jesus mudou a sua condição diante do Pai!

  “Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!
Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação,
ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não lançando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação.
Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se com Deus.
Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus”.
2 Coríntios 5:17-21

Vale salientar que Jesus não pagou nada ao Diabo, na verdade foi o próprio Deus que fez Jesus cumprir!

E tem aqueles que são meio graça! Entenda que a Lei anula a Graça e o contrario também é verdadeiro. Gl 5.4

Irmãos uma pessoa pode fluir nos dons sem ter nascido de novo como por exemplo no antigo testamento porque o fluir nos dons é o Espirito Sobre e não o Espirito em.. Mas a palavra nos exorta Hb 6.9 “Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores, e coisas que acompanham a salvação, ainda que assim falamos”.

Perceba acompanha a salvação, está incluído! É como você ganhar um convite all inclusive para uma festa, e quando o garçom te servir alguma coisa você ir pagar. Ele vai lhe dizer não senhor all inclusive! E uma das coisas que estão incluídas é

   Fp 1.6 “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo”.
   Hb 12.2 Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.

É ele que começa e ele que termina!

    Salvação vem do Grego Sozo, que de uma forma ampla significa Seguro. (2 Cr 20.20b), um exemplo bom é que um motorista que tem seu carro novo, com todos os itens de fabrica ele pode ter um excelente seguro, o melhor seguro que há ainda sim ele não quer bater o seu carro, mesmo sabendo que o seu seguro cobre tudo! Isso é o melhor exemplo entre graça e o pecado!


  Jesus não veio a terra só para cumprir a lei mais para desarmar o inimigo da maior arma que ele tem contra nós que é a acusação.

   “Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade;
E estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo o principado e potestade;
No qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo do corpo dos pecados da carne, pela circuncisão de Cristo;
Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos.
E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas,
Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.
E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo”.

                                                                                                                                                                                                     Colossenses 2.9-15

Logo se não há mais lei não há condenação! Rm 4.15

A lei, aponta o pecado e trás consigo à condenação que afasta o homem de Deus, como aconteceu com Adão e Eva… Por isso Cristo livrou-nos da condenação! Rm 8.1

O que é a Graça a absolvição de Deus!

Jo 1.29 Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.

Voce já foi perdoado! Is 1.18 1; 1 Jo 2.1, Mq 7.18-19. 

Maravilhosa Graça – I

“Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. E não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliação. Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram. Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado, não havendo lei. No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não tinham pecado à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir. Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos. E não foi assim o dom como a ofensa, por um só que pecou. Porque o juízo veio de uma só ofensa, na verdade, para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação. Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo”.
(grifo do autor) Romanos 5.8 à 17
Gn 1.26 à 28 – O Pai que nos criou do pó da terra nos deu domínio sobre a terra!
Gn 3.22-24 O Pai não tira o homem do Jardim por que Ele era mau, mais sim porque ele era bom!
A decadência do estado de graça leva o homem a viver de seu próprio esforço.
A partir de Sete começa-se a invocar a Deus, e então o Pai começa a se revelar progressivamente.
O pecado levou o homem à perda da Justiça, e isso começou a conduzi-lo ao estado de culpa. E perder a visão acerca de Deus!
Vários homens andaram com Deus sem lei por graça (antes da lei), e sem pecado!
Enoch andou com Deus Gn 5, andou com Deus!
Gn 6.6-8 – Noé
Gn 22.1-14 – A graça é revelada a Abraão (Chamado de amigo de Deus).
Gn 39.1 – José integro e fiel sem lei.
A graça de Deus é habilidade de sermos e fazer aquilo que não seriamos e não faríamos por nós mesmos!
A resposta de Deus ao povo sempre foi de dádiva, bondade… Mesmo em meio a murmuração mostrando a sua graça com: maná, água da rocha, abrir o mar…
*o Salmista chama o maná de pão dos anjos – Sl 78.25*
Porém em Ex 19.8 algo acontece o povo responde soberbamente dizendo-se capazes de corresponder a Deus pelos seus próprios méritos. E a soberba precede a queda! Pv 16.18
A vontade original de Deus nunca foi dar a lei porque se assim o fosse ele teria dado a Adão no Éden, mas ele disse que não comesse, ele aconselhou-o dizendo que não comece da arvore do bem e do mal!
Ex 31.18 e 32.28 No dia que Deus deu a lei o homem que estava em desacordo com ela morreu, no caso de Israel no mesmo dia 3 mil pessoas.
Gl 4.1-6 A lei nunca foi à vontade perfeita de Deus, a lei foi mandada para ser um tutor até Cristo.
Mas Deus é tão bom que deu o tabernáculo, para cada vez que o homem pecasse sacrificasse a Deus e foi coberto o pecado e justificado pelo sangue do animal. Hb 9.7
Interessante que as tribos ficavam organizadas em volta do tabernáculo num formato de Cruz poderoso isso!
O discurso de Davi até o Salmo 18.20 é de autojustiça e mérito próprio, porém depois da queda ele muda o discurso, daí que Davi escreve salmos como Sl 103. e Sl 51.
Isaias 53 – profecia da graça
A graça não é um assunto bíblico a graça é o próprio Jesus!

Estrutura – II

Autoridade Para Legislar e Exercer Influência

Depois, Abraão recebe uma visitação de Adonai através de três anjos falando da destruição de Sodoma e Gomorra e se põe a interceder pela cidade, mas especificamente por Ló. Ele pede que Deus enviasse anjos para avisar a Ló (Gn 18).

Logo depois, vem o aviso que Deus dá a Abraão. Deus começa a lhe informar sobre as coisas que Ele estaria movimentando na terra. Vemos Abraão entrando em outra esfera, não só recebendo uma visão, passando a ver um território e depois de aprender como ter autoridade, agora Deus lhe mostra que Ele tem autoridade para legislar com Ele as ações do céu para a terra. E sua intercessão demonstra que ele está entrando nessa legislação, porque vai conversando e entrevistando Deus nessa intercessão e se colocando através de limites que Deus impôs antes. Reduzindo de 50 a 10 justos durante a oração, Abraão sabia que Deus já havia destruído os homens na terra na época de Noé, quando este entrou na arca com 8 pessoas apenas. Com menos de 10 pessoas, Deus já tinha deixado claro que poderia destruir os homens novamente. Ali, Abraão demonstra que já está entendendo mais da legislação espiritual a se movimentar junto com Ele e intervir na terra. Deus ouve essa intercessão e envia os anjos a Ló. Deus não disse nada a Ló, mas os anjos foram enviados para avisá-lo por causa da intercessão de Abraão, do processo que ele está vivendo. Ele está crescendo nesse processo e desenvolvendo coisas que Ló nunca desenvolveu.

Num outro momento, Ló perde sua mulher porque ela se recusa a deixar Sodoma (Gn 19.24-26). Ela não se virou da cidade, não saiu. Ela ainda estava dentro da cidade, assim como a cidade estava dentro dela. Ela admirava muito, era muito apegada à cidade que Deus estava condenando; acabou morrendo. Vemos nesse ponto a questão da parceria. A parceria de Ló estava presa a coisas que Deus condenava, e ele é totalmente responsável por isso, pois esta era sua parceira, sua mulher. Isto tem a ver com suas decisões, ele levou pessoas para um lugar que Deus estava condenando, além de não gerar nada em sua família nem em sua mulher. Isto porque nada estava sendo gerado nele. Muito diferente de Abraão, pois o que estava sendo gerado nele também estava sendo em Sarah. Isso fala de pessoas que estão desenvolvendo pessoas a partir do que se desenvolve dentro dele. Ló não tinha nada dentro dele, tinha uma visão superficial das coisas, logo, transmitia apenas isso como segurança para quem estava com ele, de coisas aparentes e palpáveis. Abraão estava transmitindo o andar por fé, caminhar em direção a algo que ainda não se vê, mas que lhe foi avisado para onde deveria ir. E vai transmitindo a todos aqueles que estavam com ele. Esses são homens que desenvolvem pessoas na mesma medida em que as coisas acontecem dentro dele. A partir disso, isso vai gerando mais fruto, estende-se e se multiplica. Sarah aqui representa a pessoa que é preparada para gerar mais filhos ou dar continuidade àquilo que Deus mostrava para Abraão, pois começa a revelar que seria uma grande descendência, pai de muitos povos, como uma família de pessoas sendo formadas (Gn 17.15-22). Abraão, ao compartilhar do que ocorre no seu interior com Sarah, torna-se uma raiz fértil para uma “geração” sem limites. Já não se trata mais dele apenas. Ele estende tudo o que é gerado para além dele, o que qualifica o que é produzido como algo que não se esgota em apenas um, embora se origine nele.

Ló, por sua vez, perde isso e a maneira como ele desenvolve sua descendência é dentro de uma desestrutura familiar. Suas filhas o embriagam e começam a conceber com ele (Gn 19.30-38). Esses povos a partir de Ló, os moabitas e os amonitas, são povos que sempre tiveram uma má administração da vida familiar e da sexualidade, totalmente desordenados, sem desenvolver nada. Homens que desenvolvem pessoas sem base ou estrutura para seguirem. Não têm visão correta nem capacidade de ampliar o que estão vivendo. Por fim, são pessoas sem identidade.

Abraão foi gerando através de Isaque uma nação chamada para exercer algo glorioso, sendo santa e exercendo um sacerdócio real na terra. Quando Deus pede Isaque, Deus imprimiu em Abraão um entendimento de reino e sacerdócio (Gn 22.17). Por meio do serviço prestado a Deus, do sacrifício, você recebe domínio nas portas dos seus inimigos. O sacerdócio é um meio de proteger o território, confere autoridade. Isso foi passado por meio dessa fé gerada nesse patriarca a um povo inteiro. Ele formou esse povo sacerdotal e real. Em contrapartida, Ló formou pessoas sem chamado nem missão, assim como ele. Não soube desenvolver pessoas, só continuou gerando pessoas vazias, um povo sem relevância alguma na terra, que não tinha identidade territorial nem propriedade e foi destruído. Israel era totalmente diferente disso pois Abraão gerou pessoas para se tornarem.

Isso está acontecendo nesses dias. O processo é “veja, continue vendo”. Deixe que a fé modele a maneira de pensar, que ela modele a caminhada. Não se engane, você só vai poder gerar em outros o que está sendo gerado em você. Deus mostrou isso através da vida de Abraão, como Paulo fala, um pai da fé, que gerou filhos na fé e filhos para a fé. E sua fé nos toca hoje, a mesma fé em Yeshua, que nos faz tornar um reino de sacerdotes por meio dEle. Deus tem os Seus princípios que padronizam Sua maneira de atuar. Da mesma forma que começou essa redenção da humanidade através de Abraão para formar esta nação e tocar as nações, Ele continua trabalhando nos dias de hoje. Precisamos nos apegar a esses princípios, a esses parâmetros de como Ele trabalha para conseguirmos desenvolver naquilo que Ele está.

Nos dias do Filho do homem, também haverá pessoas como Abraão, assim como haverá pessoas como Noé. Mas também haverá homens como os da geração de Noé e homens como Ló e sua geração.

Estrutura – I

Andamos por fé e não pelo que vemos..

     Jesus citou junto com os dias de Noé (quando menciona as características das pessoas que viveriam nos dias próximos da volta do Filho do Homem – Lucas 17.28-32) dois tipos de pessoas – ou duas posturas destacadas: a postura de Noé e a das pessoas que viviam na mesma época de Noé. A postura de Noé denunciava a postura das pessoas que viveram na sua época. Interessante que ele cita em Lucas os dias de , quando da destruição de Sodoma e Gomorra, o que também seria uma característica dessas pessoas. Mais uma vez temos duas posturas. O que me chama a atenção é que Ló não tem as mesmas posturas de Noé nem pode ser comparado a ele, sobre ter uma missão a cumprir. Noé tinha, Ló não. Ló foi totalmente influenciado pela vida de Abraão. Como seriam então as características de Ló, já que as pessoas dos seus dias seriam semelhantes com as dos dias de Noé? Embora ele tenha saído de Sodoma e Gomorra antes da destruição, ele perde sua esposa, que não sai da cidade de jeito algum, o que compromete todo o destino da sua família e o que ele tinha para gerar.

Quero me utilizar disso para mostrar como vejo Deus desenvolvendo uma estrutura espiritual no interior do homem. Isto para torná-lo um recipiente propício e poder trabalhar juntamente com Ele no que Ele mesmo vem preparando para executar nos próximos dias “…visto que andamos por fé e não pelo que vemos.” (2 Co.5.7)

A primeira característica que vejo em Ló é que ele não tinha uma visão. Seu nome é bem sugestivo, significa “véu”. Mas antes dessa questão da visão, temos o fato de que na genealogia, Ló está inserido na família de Abraão. Ele é neto de Terá – pai de Abraão – e tinha um pai chamado Harã, que morre, perdendo ali uma base de referência. Depois Terá morre na cidade que levava o nome do pai de Ló – Harã. Então, só lhe resta a referência de Abraão. Abraão é logo chamado para viver algo desafiador (Gn 11.26-32). Deus dá a ele uma visão, aparecendo duas vezes e direcionando-o para uma jornada, puxando para um lugar que ele desconhecia ainda (Gn 12). E Ló foi atrás de Abraão porque só restou a figura do seu tio como referência para prosseguir. Então vamos vendo que Ló sai com Abraão e prospera junto com o tio a ponto desta prosperidade de ambos causar um problema entre eles. No momento em que Ló utiliza sua forma de ver as coisas, ele tem uma escolha muito lógica de direção de vida, muito aparente. Os campos do Jordão eram como as terras do Egito; ou seja, a experiência que ele estava tendo era apenas dentro de uma visão natural, não estava recebendo o mesmo que Abraão, uma visão espiritual das coisas. Abraão estava recebendo essa visão atendendo a um chamado para caminhar para um lugar sem ter visto. O que ele viu foi só o chamado, ele seguiu nessa voz que ele ouviu, nessa visão que teve (Gn 13).

Essa é a maneira que Deus começa a construir dentro de Abrão, de andar por fé e não por vista. Mas Ló rapidamente revela neste primeiro episódio que vivia por vista, não estava desenvolvendo profundamente sua fé, não estava sendo gerado algo dentro dele, e escolhe com uma visão aparente logo no seu primeiro desafio em decidir por algo. Depois, Ló foi desenvolvendo sua vida e se aproximando de Sodoma e Gomorra, onde já havia homens maus que pecavam contra Deus. Ele foi se aproximando do que estava sendo condenado por causa de uma visão natural, não percebeu o que estava acontecendo.

Pessoas que têm algumas características como teve Ló estarão vivendo esses dias. Não é gerada nelas uma visão, caminham dentro da visão de outro – ou próximo do que foi visto por outro mas nunca conseguiu ver. Num momento de decisão, eles decidem pela visão natural, a que não foi desenvolvida com Deus. Homens sem visão espiritual, Deus não está formando algo neles, muito menos algo COM eles. Nesse momento em que Ló decide pelos campos do Jordão, Deus amplia a visão de Abraão. Ele manda Abraão olhar a terra para onde o enviou (Gn 13.14-18). No momento em que Abraão está sendo ampliado, Ló continua vivendo da mesma forma, no mesmo nível. Abraão agora já vê a terra.

Ló logo depois, se envolve numa guerra entre alguns reis e é levado, capturado. Abraão vai salvá-lo com uma tropa e o resgata desses reis. Ló demonstra que também não tem nenhuma perspectiva de movimentação na disputa pelo reino, e não sabe como se posicionar nem tem força para se proteger. Para continuar desenvolvendo sua vida, acaba sendo levado como um prisioneiro numa guerra que não tinha nada a ver com ele, por falta de entendimento de reino (Gn 14.1-24). Essa é a segunda característica, de homens que não sabem se posicionar e estão prisioneiros porque entraram numa disputa pelo reino.

Estão numa batalha que é espiritual, mas sem entendê-la, e acabam presos em circunstâncias. Abraão vem para intervir e, por ser alguém que estava evoluindo em visão, que Deus já havia mostrado um território, agora o Pai mostra a ele sua influência sendo formada, sua autoridade territorial. Ele vence os reis, salva Ló e conhece o sacerdote Melquisedeque, recebendo uma ministração dele. Ali, Deus já está lhe introduzindo o conhecimento de que autoridade está ligada a sacerdócio. Abraão tem essa experiência e já está mais conhecido ainda, visto como homem de autoridade.

Prevalecendo no tempo da Aflição!             

“Tenho vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” João16.33

Este versículo acima é bastante conhecido e mencionado em várias igrejas. O clima predominante é de tristeza e dor. Na verdade, em todo o contexto dos 3 capítulos anteriores, Jesus está em um dos momentos de comunhão que eu acho o mais lindo de toda a história de Cristo. Eles estavam reunidos na última ceia, e Jesus estava dizendo muitas coisas que traziam aflição ao coração dos discípulos, pois falava da dor e da morte que estava prestes a encontrar. Porém, é incrível como Jesus expressou com um peso tão grande a frase que iria concluir todo o seu discurso afligidor. Primeiramente Ele consola os discípulos para que tenham paz n’Ele; depois, Ele garante que muitas aflições eles passariam; Por último, mais uma profunda consolação: Tenham bom ânimo, eu venci o mundo.

As palavras de Jesus ecoaram por toda a história e tocaram nossas vidas, portanto a mesma mensagem é transmitida a nós. Porém, é bem claro que a maioria dos Cristãos dos tempos atuais tem enfrentado uma grande dificuldade pra prevalecer firmes nos tempos de tribulações, então, será que o lugar de paz que Jesus preparou não existe mais, ou não temos descoberto como entrar nesse lugar?

Quando estava buscando inspiração pra escrever essa mensagem, de exortação, entendi que a mente revelada de Cristo e transmitida através desse texto seria justamente sobre isso: Como Prevalecer nos tempos de aflições, pois eles virão certamente, mas devemos estar prontos para enfrenta-los.

Hoje em dia, a estimativa de desviados do evangelho é de, em média, 1 desviado por 1 crente firme. Todos nós, com certeza, conhecemos pessoas que estão desviadas, afastadas do rebanho. E, quando olhamos com atenção para as razões que motivaram essa queda, percebemos que a grande maioria não soube lidar com os tempos de crises e aflições: Alguns sofreram decepções com pessoas na própria igreja, outros se decepcionaram com Deus, outros não souberam dominar as fraquezas da carne, alguns passaram por muitos problemas e não conseguiram resistir, e pelo menos 90% não estão satisfeitos com o seu estado atual.

Esses fatos alarmantes nos mostram que os crentes não estão sendo ensinados, motivados e exortados a se prepararem para o dia da aflição. Na verdade, a igreja do século 21 passa por um período de grande crise:

muitos falsos líderes, falsos pastores, falsos mestres, muitos escândalos, muito alimento corrompido. Essa realidade é fatal, e é suficiente pra justificar o nível de fraqueza que tem prevalecido sobre o “corpo de Cristo”.

Contudo, Deus está restaurando muitas coisas que foram perdidas ao longo dos anos, e dentre essas coisas, o que irá trazer o alinhamento na Igreja é o Ministério de Ensino. A Igreja precisa ser ensinada, orientada sobre todas as ferramentas, as armas espirituais, que os fortalecem no dia da aflição. Caso contrário, teremos sempre o cenário do tempo presente. Portanto, quero lhe ajudar a entender as armas da nossa milícia, as ferramentas que Deus nos disponibilizou para que estejamos prontos antes da aflição, e firmes depois dela.

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve. Jo.11:28-30”

Sabemos bem que as aflições produzem cansaço, peso, grandes fardos em nós, principalmente na alma: se nossa família não está bem, ou nossas finanças, ou saúde não estão bem, logo ficamos preocupados e não encontrar solução produz emoções ruins que logo causam mal estar e males físicos. Uma alma cansada não rende, não consegue progredir, está sempre ocupada previamente (preocupada). Portanto, todos aqueles que querem triunfar sobre as tribulações, não sofrendo um desgaste e nem danos durante os problemas, devem caminhar em direção ao descanso. O lugar de descanso é o mesmo lugar de paz. Jesus disse que se tomássemos o seu jugo, e aprendêssemos sua mansidão e humildade, encontraríamos descanso para nossas almas.

Se há algo que Deus ama de coração, é quando seus filhos entram no lugar de repouso, pois não há outro lugar que expresse a confiança em Deus, senão este lugar onde descansamos e nos regozijamos nas promessas de Deus, ainda antes que elas se manifestem. Por isso, em toda a bíblia, Deus vai nos direcionar a um lugar de descanso, veja alguns versos:

Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de Graças. E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus”. Filipenses 4:6-7

Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência”. Hebreus 4:11

Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”. 1ª Pedro 5.7

Percebemos, então, como é importante que encontremos um lugar de descanso, no qual poderemos desfrutar de paz enquanto alcançamos vitória sobre as tribulações.

Na verdade, quando estamos inquietos é sinal de que não estamos confiantes completamente no cuidado de Deus, e isso é incredulidade. Portanto, não há como vencer as tribulações e não sofrer desgaste sem estar nesse lugar de Paz, nesse lugar de Descanso. Jesus disse: Tenho dito isso para que em Mim tenhais Paz. Devemos estar em paz, em Cristo, pois Ele já providenciou toda a vitória que nós precisaríamos obter. Aleluia!

Mas, neste ponto a maioria se perde. Todos os aflitos estão em busca de descanso, mas se eles nunca encontram, é porque não estão buscando nos lugares certos. Jesus é a Verdade, então se Ele me diz que há uma forma de alcançar o descanso, com certeza existe um caminho preparado para que eu alcance tal descanso. Então, onde eu posso encontrar esse descanso? Onde irei acalmar minha alma em meio às tribulações?

Já te mostrarei, mas antes, temos um grande triunfo nesse lugar, pois o mesmo lugar no qual encontramos descanso, também encontraremos a força e a provisão que nos faz vencer. Aleluia!

O Senhor do descanso preparou para os seus filhos um caminho perfeito para que alcancemos esse lugar, mas esse lugar não é outro, senão o próprio lugar de intimidade com Deus.

É absurdo que muitos que se dizem filhos de Deus, agem rotineiramente como se estivessem de birra com o pai. Em nossa cultura, é comum haver, entre pais e filhos, momentos de tensão que causam um breve afastamento entre eles, e sua relação fica desequilibrada. Há, por exemplo, filhos que se ousam a parar de falar com os pais nessas ocasiões, e também pais imaturos que possuem o mesmo comportamento. Mas, quando se trata da família celestial, Deus já providenciou tudo o que era necessário para que nós, filhos, estivéssemos justificados diante d’Ele, proporcionando uma comunhão na qual Deus está satisfeito com a nossa justificação (Cristo morreu pelos pecados, que formavam a barreira entre nós e Deus-> Isaías 59:02; 1ª Pedro2:24). Por isso a bíblia nos incentiva a chegarmos com confiança ao trono da graça para alcançar misericórdia e achar graça em tempos oportunos (Hebreus 4:16). Mas, não é por isso que devamos entrar nesse lugar de comunhão somente nos tempos de necessidade. Afinal, a bíblia também nos diz que fomos chamados por Deus para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo (1ª Coríntios 1:9).

Devemos olhar com atenção ao ato da cruz, para decifrar um pouco do amor de Deus através do sacrifício de Cristo. O resultado do sacrifício de Jesus redunda, para nós, em muitas bênçãos, mas a principal de TODAS é a comunhão com Deus. Não é em vão que o Espírito Santo tenha conduzido os escritores do novo testamento, em todo o tempo, a exortarem que os fiéis permaneçam firmes na prática da oração (Recomendo que veja: Rm.12:12; 2Co.13:13; Ef.6:18; Fp.4:6-7; Cl.4:2; 1Ts.5:17; 1T.2:01; Tg.4:7-10; 1Pe.5:6-7; 1Jo.5:14; Jd.1:20).

Deus Ama ter comunhão conosco, mas considerando que as inquietações da vida tendem a nos afastar de sua presença, Ele mesmo enviou alguém que é responsável por nos consolar, para que diante das aflições ficássemos seguros num lugar de repouso e paz.

“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós. (João 14:16-17)”

O Espírito Santo, que nos foi enviado, possui um ministério, uma missão. E, enquanto Ele encontrar liberdade em nós para dar seguimento a esse ministério em nossas vidas, Ele nos levará a um lugar profundo de consolação no Pai.

Jesus disse que devemos aprender com ele sua mansidão e humildade a fim de encontrarmos descanso para nossas almas (Mateus 11:29). Mas se eu desejasse seguir essa orientação, como seria possível se Jesus não está mais presente? O Espírito Santo é a resposta. Jesus disse que o Espírito Santo, chamado de Espírito da verdade, Ele nos guiaria em toda a verdade, pois não falará por si, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e anunciará a nós o que recebeu de Cristo: O Propósito do Pai para nós.

Permita-me mais uma vez tocar nessa tecla: Se o Espírito Santo deve nos ensinar, então como nós podemos negligenciar a sala de aula através da qual Ele nos ensina? Em nosso tabernáculo novo, que somos nós mesmos, templos do Espírito, há o Santo dos santos, onde habita o Espírito de Deus, e é nessa região onde o Espírito cumpre seu papel. A sala de aula, em nós, é o nosso espirito ressurreto, é uma região espiritual que precisa indispensavelmente de nossa inteiração. E todas as vezes que interagimos com Aquele que mora em nosso tabernáculo, permitimos que Ele pegue algo de Si Mesmo e transfira para nós, e essa atividade cooperativa, entre nós e o Espírito Santo, é mais conhecida como ORAÇÃO.

Jesus disse que o Espírito Santo habitava conosco (entre nós), mas logo estaria não entre nós, mas em nós mesmos. Cristo, por meio de seu sacrifício, providenciou para nós a capacidade de abrigar o Espírito Santo, nos dando liberdade de interagir com Ele independente da ocasião, horário ou lugar, ALELUIA!

Então, claramente percebemos como a paz de Deus operando em nós depende de quão profundamente estamos ligados, ou não, ao próprio Deus. E aqueles que experimentam um lugar profundo no Espírito Santo alcançam regiões pouco exploradas de verdadeira paz e descanso.

Porém há, pela providência do Espírito Santo, mais um recurso que pode nos conduzir ao descanso pleno, e deste quero falar especialmente, porque trata de um dos aspectos da comunhão com o Pai.

Uma das formas importantíssimas através da qual Deus nos direciona em seu propósito, é por meio de uma espécie de oração não criada pela nossa mente, mas gerada pelo Espírito Santo. Este recurso especial foi liberado quando o Espírito Santo veio no dia de Pentecostes, e está disponível também atualmente para todos os que são filhos de Deus.

O Espírito Santo deseja que permitamos que Ele direcione nossa oração. Por isso, a primeira coisa que alguém recebe durante o Batismo no Espírito Santo (Ser mergulhado na plenitude de sua Presença) não é dom de curar, profetizar, não é uma grande benção financeira, mas a primeira coisa é uma linguagem celestial de oração (Línguas estranhas). Essa linguagem é criada pelo Espírito Santo, e a intenção é que emprestemos um pouco do nosso livre-arbítrio e fé para que Ele tome nossa boca, enchendo com as palavras que dizem pra Deus coisas tão profundas que nossa mente é incapaz de criar ou entender. Por isso, Deus nunca vai forçar ninguém a falar nessa linguagem, sempre a manifestação acontece com liberdade, onde alguém decide permitir que Ele flua. A bíblia diz: Abre bem a tua boca, e Eu encherei. Sl. 81:10. (Se quer saber mais sobre essa manifestação, leia 1ª Co 12 e 1ª Co.14).

Mas, o que é que essa linguagem estranha tem a ver com descansar em Deus? É que o processo de edificação (1ª Co14:04) criado através dessa prática traz a convergência do plano soberano que Deus tem para nossas vidas. E algo vital nesse plano, é que aprendamos a descansar e confiar plenamente n’Ele, quer estejamos ou não vivendo dificuldades. Veja:

Pelo que por lábios gaguejantes e por língua estranha falará o Senhor a este povo, ao qual Ele disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; mas não quiseram ouvir. Is.28:11

        Há algo interessante nisso. Isaías viveu numa média de 5 a 8 séculos A.C. Mas, pelo Espírito, ele já tinha vislumbrado um tempo onde o Senhor iria trazer sua palavra ao povo por meio de lábios gaguejantes e língua estranha, e a esse povo mesmo Ele diria: Esse é o descanso, dai descanso ao cansado, e este é o refrigério! Pois a palavra do Senhor é poderosa e refrigera a alma (Sl 19:07). Se essa manifestação pode trazer descanso e refrigério, devemos usá-la como mais um recurso para alcançar o lugar pleno de paz e descanso, enquanto nos convencemos de tudo o que o Senhor já nos deu. Por isso é importante orar, tanto no espírito quanto no entendimento (1ª Co 14:14-15).

Quando estamos na plenitude da paz, então somos gradativamente convencidos de tudo o que Jesus nos liberou, por meio de sua morte e ressurreição. Então, essas verdades saltam das regiões espirituais, e tomam forma no mundo material nos livrando da tempestade, nos visitando em períodos de carência. Aleluia!

O Poder de Deus se manifesta abundantemente no descanso, pois Ele não nos atende pela intensidade de nossa necessidade, mas pela intensidade de nossa fé, e quando estamos em fé, descansamos de forma incompreensível, a paz que excede todo o entendimento guarda nossos corações e sentimentos em Cristo Jesus (Fp.4:7).

Portanto querido, quero te exortar que nos tempos de paz esteja se preparando para enfrentar e prevalecer sobre as guerras. Firme-se no Senhor, na Sua Palavra e Graça. Tenha comunhão com o Espírito de Deus, pois o lugar de descanso é n’Ele. Tenha intimidade com o Senhor, pois Ele é seu Pai. Libere o Espírito Santo, para que as palavras de súplica sejam inspiradas por Ele, orando no Espírito. Através desses princípios de comunhão, você vai andar no que já é: Mais do que Vencedor em Cristo Jesus, Amém!